Por que ler ficção?

A importância da literatura para produtores de conteúdo

O indivíduo que trabalha com o texto deve ser um exímio leitor. E não estamos falando de textos técnicos e teóricos sobre o funcionamento da língua ou gatilhos mentais, mas de literatura de ficção. O texto ficcional nos permite entrar em contato com outros povos e culturas, apresenta-nos pontos de vistas diferentes e até mesmo divergentes dos nossos, traz-nos outras perspectivas, além de alargar nosso horizonte e trabalhar com o nosso imaginário.

A leitura de ficção traz inúmeros benefícios

Esta lista é apenas uma pequena amostra dos benefícios da literatura ficcional.

  • Ajuda a diminuir o estresse;
  • Fortalece a criatividade;
  • Melhora a qualidade do sono;
  • Amplia o foco e a concentração;
  • Desperta a humanidade.

Textos ficcionais podem trazer paz a alma, ou agitação. Eles ajudam as pessoas a se tornarem mais empáticas. Além, é claro, de transportar o leitor para lugares que provavelmente ele jamais iria se não tivesse contato com aquele conto/novela/romance.

A literatura faz com que o leitor tenha sensações, ela faz o leitor sentir: o cheiro das coisas descritas, o vento, o calor, o frio, a alegria, a tristeza etc. Assim, a máxima que diz “ler permite ao homem viajar sem sair do lugar” é verdadeira e, muitas vezes, real. Todo mundo conhece alguém que chorou de emoção ou de tristeza ao ler uma história. Há relatos de vários leitores que se pudessem trariam de volta a cadela Baleia do livro Vidas Secas, de Graciliano Ramos.

Mas o que isso tem a ver com produtores de conteúdo?

A leitura de textos ficcionais enche o indivíduo de conhecimentos mundanos. E esse conhecimento é necessário para acessar a emoção do público. Assim, não importa o quanto você saiba de gatilhos mentais, se não souber prender a atenção de seu leitor de nada servirá seu conhecimento técnico.

Produzir conteúdo é um exercício de escrita. E todo exercício de escrita deve ser permeado de pesquisa e muito estudo. As leituras que fazemos formam uma espécie de biblioteca em nossa cabeça que pode ser facilmente acessada em qualquer momento.

A escritora portuguesa Deana Barroqueiro disse:

  • Muita gente quer escrever, mas pouca gente lê. Não se pode escrever muito bem sem ler muito. Uma pessoa que não lê muito tem sempre a sensação que está escrevendo algo novo, porque não leu o que está para trás. Às vezes, ao analisar alguns textos percebo que aquilo já foi dito milhares de vezes e muito melhor do que o texto que tenho a minha frente.

 Assim, a leitura ajuda o produtor a não criar enredos pobres, sem emoção e maçantes. Devemos e podemos aprender com outros autores.

Stephen King, em Sobre a escrita, dá uma aula sobre a arte de escrever. As lições que ele ensina podem ser aplicadas tanto por escritores ficcionais como por produtores de conteúdo.

Entre os ensinamentos, ele pontua algumas coisas bem interessante:

1º Escrever é humano, editar é divino

Não importa o quão bom você se julgue, editar é necessário. O trabalho de edição contém a revisão textual. Você pode revisar seu próprio texto, mas não é o ideal, pois sempre passará uma nuance despercebida, porque o texto é seu, e você sabe o que queria dizer, mesmo que não tenha dito.

2º Não trate uma página em branco de maneira leviana

Stephen King ressalta que você pode encarar o ato de escrever com nervosismo, animação, esperança ou até mesmo desespero, mas nunca de maneira leviana. Ele ainda enfatiza: não é preciso de reverência para começar um texto, ou deixar de lado o seu senso de humor, mas é preciso levá-lo a sério e encarar o trabalho de escrita como ele o é, ou seja, um trabalho.

O produtor de conteúdo deve fazer o mesmo. Não importa quantas pessoas lerão ou verão o seu trabalho — uma multidão, uma única pessoa, ou, naquele momento, ninguém — faça-o como se fosse espalhado para milhares.

3º O medo é a raiz de toda má escrita

Quando você está sob pressão, com um prazo curto, por exemplo, ao escrever uma redação do Enem, ou um trabalho acadêmico, o medo pode ser grande. Mas não permita que ele lhe domine a ponto de interferir na sua escrita. Nesses momentos tente relaxar, beber um copo d’água, respirar fundo e lentamente, fechar os olhos por alguns instantes, tudo isso pode lhe ajudar em momentos de estresse e ansiedade.

E lembre-se do mais importante de tudo: ESCRITA É SEDUÇÃO.

Produzir conteúdo é seduzir, é levar o seu leitor para a outra margem do rio. A escrita pode cativar, impressionar, alimentar a alma. Por isso, antes de começar a produzir, alimente primeiro a si mesmo. Recorde-se das orientações que antecedem um voo: em caso de emergência, antes de colocar a máscara em alguém do seu lado, coloque a sua primeira.

Portanto, antes de sair por aí produzindo sem parar, alimente a sua biblioteca interna de boas fontes teóricas e, também, literárias.

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