Os contras de revisar seu próprio texto

Escrever é um parto, diriam algumas pessoas, tamanha é a dificuldade de redigir um bom texto. No entanto, se a inspiração não resolve todos os problemas e percalços pelo caminho, o trabalho duro é um grande aliado dos profissionais que trabalham com as letras. Letras, palavras, pontuação, coerência, coesão e concordância, por exemplo, devem estar no horizonte de todos, mas sempre algum erro escapa e, para isso, revisar é a única solução possível, mas será que posso revisar um texto próprio? Será que o olhar de outra pessoa é necessário? Então, se liga neste post, e veja os contras de revisar seu próprio texto.

A importância da revisão

Naturalmente, sabemos escrever e nos comunicamos pela mesma língua, sendo possível, por esse motivo, conversarmos com pessoas em qualquer local do país, mas há uma diferença muito grande entre a fala e a escrita. Se a fala permite correções instantâneas e, ainda, o uso de gestos para facilitar o processo, a escrita é fria e, portanto, deve ser precisa, clara e objetiva.

Nesse contexto, a revisão é fundamental, pois olhar novamente o texto, um exame com distanciamento daquilo que fora produzido, permite que se verifique detalhes que não foram percebidos anteriormente, corrigindo, nesse momento, inadequações cometidas e elevando a qualidade do nosso texto.

Revisar o próprio texto: um desafio, uma possibilidade

Não há nada, inicialmente, que impeça a revisão do nosso próprio texto, pois dele sabemos muito também, não é mesmo?! Além disso, há diversas ferramentas e aplicativos que podem nos auxiliar nesse percurso de leitura, seja o corretor ortográfico do seu editor de textos, seja a existência de aplicativos de dicionários de sinônimos e antônimos, por exemplo.

No entanto, alguns contras de revisar seu próprio texto também podem ser elencados, a saber:

  • Interpretar o que está dito e não o que deveria estar escrito: Como o texto produzido é fruto do nosso domínio da língua e carrega a carga cultural e de conhecimentos que temos, uma leitura pessoal pode desconsiderar a falta de informações do texto, inferindo, a partir de uma visão pessoal, o que se quer dizer no trecho e ignorando, nesse movimento, aquilo que realmente foi dito. Logo, é possível que haja, no momento de leitura, uma desconsideração da escolha vocabular e a falta de atenção com erros simples, como grafia e acentuação.
  • Inferência, coesão e coerência: Como no tópico anterior, é possível que a clareza, pretendida por nós, não seja adequada, uma vez que no ato de ler podemos inferir o que seria dito no trecho e, por isso, imaginamos que tudo está preciso e objetivo.
  • Confiança nos aplicativos e ferramentas de revisão: Apesar dos corretores ortográficos serem excelentes ajudantes no trabalho de revisão, é preciso lembrar que eles não são 100% precisos e, por isso, o revisor deve estar atento, também, aos elementos que não foram marcados pelo programa, fazendo as correções necessárias, quando for preciso.

Desse modo, não há nada que impeça um redator/escritor de revisar o próprio texto, mas há detalhes que somente uma leitura distanciada, um olhar distinto do nosso, cuja carga cultural e de conhecimentos seja diferente, poderá enxergar com clareza. É claro, no entanto, que a prática de leitura e revisão facilitará muito o processo e, talvez, não seja preciso que você contrate alguém para ler o seu texto, mas saiba o revisor é importante e deve ser valorizado.

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