Há muitos e muitos anos, na antiga Persa, Schahriar (o rei), após saber da traição da rainha, ordenou a Vizir que a matasse.
O rei dominado pela dor e pelo ódio jurou que nunca mais deixaria uma cônjuge viva para além da noite de núpcias.
Então, ele pediu para o Vizir escolher sua nova esposa, mas depois da primeira noite, ele a condenava a morte.
O terror foi espalhado pelo reino, as famílias começaram a ter medo de que suas belas filhas um dia fossem escolhidas para serem esposa do rei.
Então, uma moça bela, inteligente, culta e educada pelos melhores sacerdotes do reino criou um plano para acabar com a loucura de Schahriar. Essa moça era Sherazade, uma das filhas do Vizir.
Quando ela pediu ao pai para ser escolhida, ele tentou em vão dissuadi-la. Sherazade estava decidida.
Muito contrariado, Vizir entrega a sua filha para ser a nova esposa do rei.
Para que o plano de Sherazade desse certo, ela precisaria da ajuda de sua irmã. Então, ela pediu à irmã para que naquela noite fosse até os aposentos reais e lhe pedisse para contar uma história.
Depois da noite de núpcias, antes do amanhecer, Sherazade pediu ao rei seu último desejo: despedir-se da irmã (Duniazade). Ele concedeu o pedido.
Quando chegou aos aposentos reais, Duniazade pediu à irmã que lhe contasse uma história.
Naquela madrugada, Sherazade contou uma história tão linda e envolvente que despertou a atenção do rei, mas o dia amanheceu e ele ficou sem o final.
Então, ele permitiu que Sherazade vivesse mais uma noite…
Essa é a história de As mil e uma noite…
As histórias contadas por Sherazade são famosas em todo mundo.
Todos nos envolvemos com a história de “Ali Babá e os quarenta ladrões”, “Aladim e a lâmpada mágica”, “As aventuras de Sindbad, o Marinheiro”…
A arte de contar história salvou a vida de Sherazade, acabou com a loucura do rei e pode transformar o seu negócio digital e, também, por que não, o seu negócio físico.
Na semana passada, o PND abordou a importância de investir na criação de conteúdo para o seu site. A prerrogativa vale para seu negócio digital como um todo, ou seja, vale também para as suas redes sociais. Isso porque as experiências de consumo mostram que hoje os clientes estão à procura de solução e de experiência.
Repare as marcas mais conhecidas, o que elas vendem? O que elas vendem de verdade?
Por meio de histórias emoções são ativadas
O que a Coca-Cola vende? O que você pensa rapidamente quando lembra da Coca-Cola?
O produto dela é um refrigerante caramelizado, cheio de açúcar, horrível se for bebido quente. Mas olha o slogan da marca que já sofreu algumas alterações no passar do tempo: Enjoy (nos anos 2000), você nem precisa saber inglês para se identificar com a mensagem passada pela marca. Família reunida, festas, comemorações, alegria, sentimento de união e felicidade… SEMPRE COCA-COLA (nos anos 1990). Em 2009, ABRA A FELICIDADE, quem não quer abrir a felicidade? Os amigos comemorando, o seu time na final do campeonato….
Os pessimistas e céticos acreditaram que a marca ia perder a influência depois que o Cristiano Ronaldo afastou a latinha de Coca-Cola e abriu uma água mineral. Ok, todo mundo comentou…
Mas quando chega o verão e as tardes de Sol a pino? O que você realmente deseja beber?
Sabe por quê? Porque a marca está gravada em nossas mentes.
A última coisa que a Coca-Cola vende é refrigerante, a primeira é a EMOÇÃO.
Todos nós, por mais racional que sejamos, compramos pela emoção. Ou você realmente acredita que precisa de mais um livro para a sua estante, ou do último modelo de Iphone?
Como ensinou Mahatma Gandhi:
“A mente é escrava do coração.”
Como uma história pode mudar tudo…
Você sabia que o álbum de Jazz ao vivo mais importante (e vendido) de todos os tempos é a gravação do Koln Concert? E sabe por quê?
Pelas condições daquela noite…
Um homem entra em um auditório. Tinha apenas um piano no palco. E uma luz. Não tinha absolutamente ninguém nesse auditório. Era ele, a luz e o piano. O homem se aproxima do piano, dá uma volta nele, analisa o instrumento… toca algumas teclas – E VAI EMBORA. Em poucos instantes, ele já tinha percebido um detalhe. Esse não era o piano dele. Eles haviam trazido um modelo errado. Era um piano diferente do que ele estava acostumado a tocar… E, para piorar, estava com uma série de problemas… Algumas teclas não funcionavam; outras, não estavam afinadas… Um dos pedais não estava funcionando… Simplesmente, não dava para fazer um concerto em alto nível com aquele equipamento. O pianista era Keith Jarret. À noite, naquele mesmo dia, aquele mesmo auditório receberia cerca de 1.300 pessoas para ver ele tocar. A casa estaria lotada. Todos os ingressos tinham sido vendidos. Keith tinha ido dos EUA para fazer essa apresentação. Mas ele se recusou a tocar. Naquelas condições, era simplesmente impossível ele fazer a apresentação em alto nível. A produção do concerto chamou um especialista para tentar dar um jeito no piano, tentou contactar as lojas da região… mas não havia tempo hábil até o show para resolver o problema. Foi então que a mágica aconteceu. Uma das promotoras do evento, uma estudante alemã de 17 anos, aproximou-se de Keith, contou a sua história e praticamente implorou para ele fazer o show. O público estava quase chegando. Àquela altura, cancelar o concerto seria uma tragédia, tanto para o músico quanto para ela, que praticamente arruinaria a sua carreira que recém havia começado. Keith se sensibilizou. E decidiu subir no palco. Obviamente, não seria a apresentação que ele tinha programado. Não dava para ser. Então, ele sentou-se no piano, com a Opera House completamente lotada… tocou uma ou outra tecla para se ambientar… Na sua genialidade, ele construiu um mapa mental das teclas que poderia e que não poderia usar e começou a improvisar… Foi aí que a mágica aconteceu. Depois de mais de 1 hora de improviso, Keith encerrou o show, com menos teclas funcionando do que havia começado – o que se traduz, ao final do concerto, em um tom mais urgente e agressivo para a sua improvisação. ALTENHOFEN, Roberto. Copywriting. São Paulo: Empiricus, sem data |
Quando uma história é contada, emoções são ativadas, pessoas se conectam…
Qual é a sua história? Qual é a história de seu produto? Da sua loja? Como você pode usar isso a seu favor?
Qual é a dor que seu produto vai resolver? Qual é a emoção que ele vai despertar no seu cliente? Como a mágica vai acontecer?
Torne-se um bom contador de histórias e leve a sua marca a um novo patamar.
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